sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mercado Público Regional sofre com baixo fluxo de pessoas e agricultores reclamam da falta de apoio

No dia 30 de agosto deste ano, a equipe do Jornal Voz do Oeste acompanhou o drama de comerciantes de diversas cidades da região Oeste que foram surpreendidos por uma ação do Ministério Público de Chapecó no Mercado Público Regional. A ação, realizada com o apoio da Polícia Militar, Secretaria da Saúde, Cidasc, Conselho Regional de Medicina Veterinária e Vigilância Sanitária de Chapecó e Santa Catarina fazia parte do Programa de Proteção Jurídico Sanitário dos Consumidores de Produtos de Origem Animal.

O objetivo da apreensão na época, segundo o promotor de justiça do Ministério Público, Jackson Goldoni, era preservar a saúde e segurança dos consumidores após denúncias feitas durante o ano.

Na data da ação do MP, nossa reportagem havia conversado com a comerciante Gisela Mirian Hanel, de São Carlos, que havia perdido mais de R$ 2.500em mercadorias. Emoutros guichês, prateleiras vazias e sentimento de desolação.

Passados quase três meses, comerciantes reclamam do baixo movimento e do ar de desconfiança dos produtos vendidos pelos agricultores.

“É como se tudo o que a gente vendesse estivesse estragado ou não tivesse uma procedência correta”, comenta Gisela. Para ela, é preciso criar novas maneiras de atrair o público para dentro do mercado.

“A venda dos produtos caiu pela metade. Somente agora consegui recuperar o prejuízo depois da ação do MP. Nesse tempo não tivemos nenhum acompanhamento para melhorar a qualidade de nossos produtos e, até mesmo, a rotulagem das embalagens. Ninguém nunca chegou até aqui para dizer o que é certo e o que é errado. São criadas leis, que nunca são repassadas adiante. Simplesmente nos abandonaram”, revela.

Conforme Gisela, é preciso desenvolver atividades ou construir novos atrativos junto ao espaço do Mercado Público para chamar o público à conferir aquilo que a agricultura regional produz.

Para outro comerciante do município de Cordilheira Alta, Fernando Morelatto, as vendas caíramem aproximadamente R$ 2 mil reais ao mês. “Começamos com 20 agricultores do município vendendo seus produtos. Agora, somos em pouco mais de dez. É cada vez menos viável trazer os produtos para Chapecó para vender”, enfatiza.

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